Penelope

Alice Sampaio nasceu em Mido, no distrito da Guarda, a 18 de março de 1927. Estuda Farmácia em Coimbra, curso que concluirá na Universidade do Porto já após o casamento. A partir de 1951 reside em Angola, onde nascem os seus quatro filhos. Envolvida na contestação à ditadura e no movimento feminista, é “convidada” a sair de Angola pelas autoridades do regime, regressando a Lisboa em 1959.

Publicou os romances A Cidade Sem Espaço (Livraria Bertrand, 1961), O Aquário (Livraria Bertrand, 1963) — Prémio Revelação da Sociedade Portuguesa de Escritores em 1963 —, O Dom de Estar Vivo volume I e volume II (Editora Arcádia, 1967) e Penelope volume I (edição de autor, 1977). Para teatro publica D. Leonor, Rainha maravilhosamente (Dilsar, 1968) — levada à cena no Teatro Municipal de São Luís em 1979 com encenação de Norberto Barroca — e A Rua da Ronda (edição de autor, 1969).

Alice Sampaio morreu em Lisboa em maio de 1983.

«Alice Sampaio publicou o primeiro volume de Penelope em 1977, tendo sido a última obra publicada em vida da autora. Penelope era um projeto de escrita de grande fôlego para o qual a autora previra doze volumes. Sem tempo de vida que tenha permitido escrevê-los, deixou-nos o segundo volume, até aqui inédito, preparado para publicação. É chegada a hora de reunir e publicar os dois volumes de Penelope, no momento em que se assinalam quarenta anos sobre a morte de Alice Sampaio. (…)

Alice Sampaio reescreveu Ulisses com as histórias e as conversas, com a máquina de escrever. Sonhou Penélope com o corpo, com a terra, com o próprio tempo. É tão antiga que nos encontramos nela – é também tão recente, não é?

Entre silêncios de estrelas, Alice Sampaio rasurou, reescreveu os textos embora o sopro da leitura nos remeta para uma ideia de escrita incansável, infindável, infinita. Infinita como as estrelas o são, como os poemas.» (Do prefácio de Cátia Terrinca e Ricardo Boléo.)

autor/a
editora
ano de publicação 2023
n.º de páginas 520

15,00 

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