Irrar
«Podemos considerar Irrar como um longo poema concreto em prosa. Mas trata-se também de uma narrativa que acompanha a errância/«irrância» infindável da narradora-«pueta» pelas paisagens concretas e mentais duma Lisboa de todos os tempos. A morte, omnipresente através da personagem da tia cancerosa, abre o espaço e o tempo para uma eternidade filosófico-poética mediante a meditação e a visão.
O leitor é convidado a «irrar» também pela língua portuguesa, dando irros que desafiam qualquer reforma ortográfica. A voz da poeta rebela-se contra a norma, conferindo um tom irónico e humorístico à sua narração «hilariante», à sua «brincadeira».
A língua inventada por Salette Tavares em Irrar abunda em efeitos de oralidade, a par com referências sábias. Sendo um texto experimental, Irrar promove um humanismo feito de encontros, de atenção aos outros, de cuidados, é dizer de amor.» (Do prefácio de Catherine Dumas.)
autor/a | Salette Tavares |
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editora | Tigre de Papel |
ano de publicação | 2019 |
n.º de páginas | 88 |
13,00 €
Esgotado